luz....

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segunda-feira, 4 de março de 2013

Oiá Senhora do Amanhecer Iansã Rainha do Céu e da Terra

Letra e Melodia – adaptação... Paulo Evandro Costa Ana Marisa Oliveira Moura Pesquisa antropológica Professora Ana Marisa Moura Rio Grande RS Melodia final e arranjos Cléber Mor Eduardo Peiche Renato de Freitas Leal léxico palavras iorubanas www.escolavpf.blogspot.com facebook - Comunidade Escola de Samba Vim Prá Ficar Oh Iansâ Senhora do Amanhecer Sua espada brilha, prá nos proteger É Oiá, Iansâ com sua luz É Oiá Iansâ quem nos conduz É Santa Guerreira, se preciso for Prá acabar com a guerra, espantar a dor «Arrodopia» traz o vento, e a chuva cai Prá lavar a terra, semear a paz... REFRÃO É Oiá, Iansâ com sua luz É Oiá Iansâ quem nos conduz Mãe dos filhos de IRÊ corre nas terras de todo AIÊ casa com OGUM, é NASSAYALÊ Ogunhê, meu pai Ogum. (PATACORI OGUM - OGUNHÊ) REFRÃO Segue sua saga pela Terra (OBANISHÉ KAWO- KAO KABIESSILE) Ergue espadas com Xangô Carregadeira, parteira companheira Iansâ, Rainha Guerreira! REFRÃO Soberana, da vida e da morte E ninguém, segura o seu corte Me conduz, com seus ALFANGE de luz EPAHEY, EPAHEY OiÁ! REFRÃO Sou, sou filho Oxalá Meu canto, é todo o meu contento Na luz dos olhos de Oiá, em teus braços VIM PRÁ FICAR É OIÁ com sua luz, é Oiá quem nos conduz carregadeira, parteira e companheira. OH IANSÂ Rainha Guerreira! REFRÃO

«CABE A NÓS SEGUIRMOS EM FRENTE!»

Cabe à nós seguirmos em frente... Bom; nunca disse que seria fácil... muito menos que tudo o seria! Nunca disse que seria conivente e muito menos conveniente... Sempre deixei claro que nuvens estão carregadas de chuvas fracas, garoas, água que cai e se espalha... Nuvens secam e seguem seu caminho pelos céus. Ou todas se aglomeram e criam tempestades, vendavais, e chuva e chuva e chuva... um dos espetáculos da vida. Nuvens que na louca visão de um redundante visionário são talentos, características, dons, forças de vontade ocultas ou não. Grandes ou pequenas, fáceis de serem extraídas ou como pedra de mina profunda e rara para ser lapidada. Sempre acreditei que o talento de cada um que aqui na arte do teatro que passa e perpassa que fica se aloja ou simplesmente «chove» deixa seu recado e se vai é um retalho de destino costurado no lençol da vida. aqui muitos deixam marcas cicatrizes, lembranças boas ou ruins? Depende do ato, da cena da peça ... O espetáculo não acabou na verdade ele nunca vai acabar comigo ou «sem migo» como diz o chavão popular, ele segue se perdura, ele o teatro ela a arte de interpretar não morre, ela segue firme, pulsante viva. Cada um é um, e todos devem ser um, com seus dons, com suas dificuldades, desejos, medos e anseios... maturidade ou não... amor! Cada um...de um todo «um», deve ser e se dar se doar e acreditar e viver e caminhar e seguir e evoluir. Cada um de um todo um deve ser o responsável pela adoção do sonho, cada um de um todo um deve ser o responsável pelo ascender das luzes cada um de um todo um deve ser o dono das falas, das vozes dos aplausos. um em cada um deve amar o sonho e acreditar no sonho e transformar o sonho em realidade. Esta sim é a essência do que fazemos, o porque de aqui estarmos, uma missão inculcada em cada um de nós... Afinal «CABE A NÓS SEGUIRMOS EM FRENTE!»

Uma Carta...

Carta... texto redigido em 1999, atualizado em 2012. Autor Paulo Evandro Costa. Mãe! Poxa! Faz um bom tempo que não te escrevo. Talvez por falta de tempo ou porque não tinha nem o que escrever... Bom... na verdade o tempo quem faz não é ninguém mais do que eu mesmo. E dizer que não tenho o que escrever, é mais uma das inúmeras desculpas que vem preenchendo nossas vidas. Minha vida. Mas ... aqui, tenho tempo e vontade de escrever, escrever e escrever... mais, mais e mais, sempre e sempre "para você", minha mãe. Descubro a cada dia de ensinamentos e aprendizados novos que o meu verdadeiro amor sempre foi você. Antes muitas paixões invadiram meu corpo e despejaram em minha mente e alma perdas e uma somatória de muitas derrotas, causando irremediáveis danos em mim. Achi que esta paixão que havia encontrado era o que me faltava, que me faria suprir meus anseios, minhas fraquezas e vergonhas, seria um NOVO SUPER HOMEM. E que conseguiria esquecer os problemas e esse meu jeitão "sem graça". Esqueceria as cobranças, tuas caras, nossas brigas...e... Com minha paixão fazia viagens coloridas em campos coloridos, voava ao lado dos pássaros, e sentia o ar invadindo meu corpo. Falso!Ah!... mas era tão bom, na verdade "era"...logo descobri que esta paixão que eu tinha, somente me fazia sofrer. Os campos floridos se tornaram campos de afiados espinhos, onde meu corpo caía e rolava como rolo compressor num campo de dor e flagelo. Meus voos sinônimos de quedas livres em um penhasco de rochas negra; meu corpo era um grão perante o deserto de dor. Nem a minha própria dor cabia em mim. O ar como uma corda sufocante em minha garganta, remoendo carnes puxando fios, mastigados numa num banquete maldito de sinuosas dores... Quis gritar mas minha voz tinha um som seco, mudo, sem voz, sem ouvidos para escutar, quis chorar... mas meus olhos eram desertos de terra vermelha, cor de sangue. Esta paixão, este vício, interrompeu minha vida. Perdi a paixão mais verdadeira, perdi meu amor, perdi o teu amor...mãe! Uma fraqueza encruada em mim encruada em nós. Sabe? A gente nunca conseguiu sentar e conversar mas gritos nasciam em todos os tons... Abraços? etéreas lembrança de um convívio etéreo limbo de memórias infantis, há muito esquecidas... Hoje nada importa tudo se desfaz tudo dissipa... Hoje aqui... descubro todos os dias que tuas cobranças eram preocupações de uma mulher desesperada e que lutava de todas as formas para me ter ao teu lado. Aqui percebo em cada raiar de um novo Sol, que o teu amor era tão grande, tão forte que me invadia todos os dias, e eu o expulsava como um cão infiel indigno... DAQUI HOJE te escrevo... ao lado de todas as luzes amparado por todos os dons... Daqui te escrevo e quero que saibas que eu te amo, na verdade do meu jeito tolo e incorreto sempre te amei mãe. No vício da terra me perdi e perdi você. Perdi minha vida, meu ar meu chão... Aqui, escrevendo e lendo cada uma destas palavras como um mantra em minha alma, ergo meus olhos e observo campos floridos de verdade, pássaros de todas as cores que nem imaginava que existiam. Vejo DEUS em cada um deles, veja mãe eu estou falando em Deus, ele existe eu senti seu abraço, em mim em cada um de nós. A luz é quente e reconfortante, o amor invade todos, zéfiro em mim... paz em todos nós. Saudades! Te amo! Teu filho...