A inveja no dicionário é,
Inveja é um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser)e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor.
Nos corredores do meu cotidiano
Tão cor cinza sem você
Tão ausente sem você
O passado todos banhados com tua graça,
Com teu emblema sorriso,
Hoje é tédio!
De uma etérea lembrança tua,
Eu desequilíbrio total
Fantasma de meus desejos
Equação sem resultado
Fator sem potenciais
Fico amorfo
Obedeço às horas
Cavalgo na solidão
Tão minha cúmplice
Nas horas de fazer nada
Acendo meu cigarro
E fumo você
Lembranças em você
Tocam todos os sinais
Todas as pernas correm
Todas as falas conversam
Eu tédio, monotonia, apago a bagana
Que me fez viajar nas ondas flutuantes de uma tragada vazia
Obscena, assassina...
Recolho minhas pernas direciono meus passos
E volto...
Do nada para o nada...
Quando acomodo minha resignação
Nos corredores da minha monotonia
Vislumbro num colo
Que não o meu; vejo a tua marca
Cuspida e escarrada nos corredores
Meus olhos fitam descrentes, na tristeza verdade, presente
Teu emblema, teu sinal, tua série, tua marca, teu número
Lá; no colo que não era o meu...
Meus olhos ficam pequenos de raiva (claro) e curiosidade;
Ah como queria abrir uma fenda no tempo
E restaurar a nova inquisição
E a ferro e fogo, brasas e veneno
Crime e castigo,
Questionar, investigar, inspecionar punir e entender,
De onde veio este sinal, como ele está lá em você,
Porque não em mim¿
Se o verdadeiro e único soberbo merecedor de qualquer lembrança tua sou eu em toda a minha misantropia...
Naquele lance, no golpe de minhas vistas
Remoeu-me a inveja dona de todas as vontades
Dona das minhas vontades
Incompetência e limitação física – minha,
Os olhos que não os meus, me cumprimentam sem responsabilidade
Sem nada saber, sem nada sequer pensar
E passam lépidos, faceiros, pois neles nada de tormento aflige
Ahh queria berrar como um titã enfurecido
Arrancar todos os sinais espalhados, espelhos de minha alma...
E esconder todas as evidências que você existe
Esconder de todos,
Apagar você da memória alheia
Apagar você de mim, em mim
E não mais lembrar...
...voltar para todos os sinais
Todas as pernas corridas
Todas as falas conversadas
Eu tédio nem percebido, monotonia sem distinção, apagaria todas as baganas inatamente, diariamente
Viajaria nas ondas flutuantes de uma tragada comum, mecânica
Nem Obscena tão pouco assassina...
Recolheria minhas pernas direcionaria meus passos
E voltaria como, norma
Do nada para o nada...
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